Conjunto de regras cerimoniosas de trato entre as pessoas e que são estabelecidas à partir do bom senso e do bom gosto. Do que estamos falando? Sim, de etiqueta. Uma espécie de código, através do qual, informamos aos outros que estamos preparados para ser parte integrante de determinado grupo.
Alguns grupos possuem códigos próprios, é verdade… mas, existem alguns conceitos que a sociedade (de uma forma geral) admite como sendo verdades. São as denonimadas convenções. Quando você se comporta de acordo com a escala de valores de um determinado grupo, é aceito por ele. Caso contrário, você fica sujeito a interpretações que fogem ao seu controle.
Vamos “brincar” para elucidar algumas associações mentais e entender melhor como funciona o nosso cérebro em meio a este código de conduta… você é convidado a ir a casa de um amigo, e quando o mesmo está lhe apresentando os cômodos, mostra um escritório repleto de livros e diz: “Aqui é o espaço predileto do meu pai”, logo, você irá presumir que o pai de seu amigo é extremamente culto.
Ou, você vai a um restaurante com um amigo e na hora de pedir o carro ao manobrista vocês entregam os papéis ao mesmo tempo. Você está de terno, veio direto do trabalho, o seu amigo está bem à vontade, de calça de moletom e camiseta, não seria de se estranhar que o manobrista entregasse para você a chave do carro de “maior status”, isto está impresso na sua linguagem de vestuário. Não se trata de “pré-conceito”, e sim, de estereótipo. O nosso cérebro não consegue ter uma percepção para cada estímulo recebido, uma vez que somos bombardeados o tempo todo por informações, imagens, sons… desta forma, costumamos nos socorrer de conceitos pré-determinados socialmente.
O grande “segredo” do marketing pessoal está em projetar a sua imagem através de símbolos já convencionados e característicos de cada grupo social específico. Nos meus treinamentos de imagem corporativa em Organizações, sempre digo aos colaboradores que eles devem estar a frente, devem se espelhar nos superiores na forma de se comportar e se vestir, assim, demonstrarão que estão prontos para fazer parte do grupo ao qual desejam pertencer.
Mas, de nada vale uma imagem ou um comportamento que não se sustente no dia-a-dia, não estou defendendo a superficialidade… aqui, os fins não justificam os meios. Você deve de fato desejar fazer parte e “inaugurar” este novo papel, ao invés de apenas “tomar posse” e se fantasiar de uma nova posição.
A boa notícia é que as regras de comportamento que servem ao bem comum não são exclusivas de nenhuma classe social, todos podem aprender a usá-las e incorporá-las ao seu cotidiano. A autoconfiança e a elegância são grandes aliadas da sua imagem em um mundo tão competitivo como o que vivemos. Aposte neste diferencial!
Em contrapartida, é importante falar um pouco sobre as temidas gafes. As gafes acontecem, normalmente, pela falta de bom senso ou porque as pessoas valorizam coisas distintas em uma mesma situação.
Antes de citar alguns exemplos, fica a dica: “Gafe cometida, Gafe assumida!”
Existem 3 tipos principais de reação diante de uma gafe: assumi-la, disfarça-la ou tentar remedia-la. Das 3, o ideal é assumi-la e se desculpar. Em geral, quanto mais as pessoas tentam consertar, maior é a tendência de piorar a situação.
– Gafe no Primeiro Encontro
Uma gafe extremamente corriqueira é a idéia de “quebrar o gelo” em um primeiro encontro contando uma piada. Seja um encontro pessoal ou profissional, isto não é recomendável. Muitas vezes a piada é de mau gosto, e mesmo que não seja, você corre o risco de não agradar.
O melhor nestas situações é falar de um assunto genérico como o tempo, a economia… o que ajuda a diminuir a tensão inicial.
Outra gafe bastante praticada nesta situação é entrar em assuntos pessoais ou fazer perguntas indiscretas. Nunca deve-se perguntar, por exemplo, se uma mulher está grávida. Se ela estiver, ótimo, mas, se ela só estiver acima do peso, a situação é muito constrangedora.
Caso este primeiro encontro seja uma entrevista de emprego, é bastante aconselhável que no dia seguinte seja enviado um agradecimento ao entrevistador pela oportunidade. Além de ser gentil e educado, o seu nome ficará fresco na memória do entrevistador.
– Gafe no Trabalho
A campeã com certeza é o celular que toca no meio de uma reunião. Nada pode ser pior do que atendê-lo em um momento como este. Em casos “especiais” como um problema de saúde em família, é de bom tom avisar os demais que o celular irá ficar ligado, explicar o motivo, e só atender ligações que vierem do hospital, por exemplo.
A pontualidade também é um fator importante na etiqueta profissional. A distância, o trânsito e qualquer outra situação adversa deve ser prevista sempre que marcamos um encontro com alguém. Se você for o “anfitrião” pior ainda, você não tem o direito de atrasar. Em último caso, seja profissional, avise o atraso por telefone imediatamente e explique o motivo.
– Gafe no Almoço de Negócios
O almoço de negócios deve ter um tempo adequado de duração. Não pode jamais ultrapassar duas horas, e também, não deve durar apenas 25 minutos, dando a impressão de um “lanche rápido” em que provavelmente a negociação foi ruim.
Outro fator importante é o momento para discutir o assunto em pauta. O ideal é sempre após a refeição (média de 40 minutos entre aperitivo, prato principal e sobremesa). Além de ser o anfitrião quem deve definir quando entrar no assunto relacionado aos negócios. É ele quem define o momento, e não o convidado.
Bebidas Alcoolicas só são bem-vindas caso o anfitrião assim defina. O convidado jamais deve pedir.
Por fim, em um almoço de negócios, quem convida paga a conta. No caso de um almoço-reunião entre subordinado e o chefe, quem paga é sempre o chefe.
Alerta: Não se deve pedir a comida mais cara só porque foi convidado e o almoço será pago pela empresa! Isso é uma gafe das mais comprometedoras e abusivas.
– Gafes na Apresentação
Não é raro esquecermos o nome de pessoas que acabamos de conhecer. Nesta situação, o melhor é ser sincero, pedir desculpas e perguntar em tom amável “Como é mesmo o seu nome?”.
Jamais se intitule Dr., Professor, entre outros, todos saberão isto no momento oportuno. Caso contrário, pode parecer arrogância ou insegurança disfarçada atrás de um título.
Uma dica importante, em especial, para apresentações profissionais, é que a pessoa mais importante é quem recebe a outra e tem o seu nome dito primeiro. Sempre que possível, é interessante dar ao cliente essa importância maior.
Como observado nos inúmeros exemplos citados acima, a prudência e o bom senso são armas infalíveis contra as gafes. Não há mais desculpa para cometê-las!
Lembre-se sempre que a primeira impressão é formada nos 30 segundos de um primeiro contato, mas, é necessário um esforço diário para que a imagem positiva se sustente, uma vez que a mesma é construída!
Mais do que personagens temporários, estamos falando de vida real! Seja honesto e determinante no seu Marketing Pessoal! O sucesso estará no seu caminho, sem dúvida alguma!