No último Sábado, tive o prazer de assistir uma live com o @omeupediatra… conheci o seu trabalho através da minha amiga de formação e agora também de especialização, Samantha Von Zuben Lemos Mantovani
Na live ele falou sobre a diferença entre o comportamento de alguns mamíferos e a relação com o leite produzido. Tomo a liberdade de compartilhar a imagem dele e slide (foto 01) para dividir tamanha sabedoria com vocês.
Os roedores são conhecidos como os que “se poupam”, a Mae precisa se ausentar durante muito tempo para buscar comida, por isto, o seu leite é super gorduroso para mantê-los alimentados durante a sua ausência. Os cachorrinhos fazem parte dos que “se aninham”… estão sempre próximos da Mae, e com a necessidade nutricional constantemente satisfeita. Assim, também são os veadinhos, conhecidos como “os que seguem”, ou seja, desde muito cedo eles são capazes de seguir a Mae por onde ela vai, e por este motivo, o alimento está sempre ao alcance.
Já os cangurus fazem parte dos que “carregam”… ou seja, o alimento está constantemente disponível porque a Mae leva o filhote aonde quer que ela vá… parece familiar?!?! Sim, nós seres humanos nos assemelhamos muito aos cangurus neste quesito. Mas, exatamente como o Dr. Reginaldo Freire pontuou na live, por algum motivo, muitas vezes esperamos que os bebês humanos se comportem como os roedores apesar de sermos os mais dependentes dos mamíferos ao nascer.
Isto tudo me lembrou os “dois modelos” completamente opostos que me deparei nos primeiros meses da Georgia: o da consultora de amamentação X o da enfermeira.
Quando fui receber a consultora de amamentação, ela me perguntou: “cadê a bebê?”, eu respondi: “está no berço”, com um olhar de reprovação ela questionou: “na jaula humana?”, entrou no quarto da Georgia e a tirou de lá imediatamente. Eu, que vivia com a Georgia literalmente PLUGADA em mim 24hs por dia (como na foto 02), fiquei sem reação… em poucos minutos, pude perceber a forma como ela entendia a Maternidade, que era em grande parte muito parecida comigo, mas, assim como foi emocionante escutar dela que não havia nada mais importante do que o que eu estava fazendo: “criando um ser humano”, também foi difícil esquecer o choque e a culpa que eu senti quando ela se espantou tanto por eu ter colocado a Georgia no berço para recebe-la…
Por outro lado, quando uma enfermeira especializada em cuidados com bebê me disse que a Georgia (com menos de 02 meses) tinha que seguir uma rotina de amamentação de 04 em 04hs (eu fazia livre demanda dia e noite), que deveria fazer as sonecas “em charutinho” fora do colo (na foto 03 ela tinha acabado de demonstrar o que eu deveria fazer com a minha Buddhinha ) e que eu nao deveria fazer cama compartilhada… meu instinto materno gritou, agradeci com cara de paisagem, lembrei dela em momentos terríveis de privação de sono e em umas das 17 mamadas diárias que a Georgia fazia (sim! 17, nao digitei errado! assunto p outro post! ), mas, segui o que o meu coracão dizia…
Entre estes dois opostos, o melhor conselho eu recebi de uma pessoa muito especial: “olhe para a sua bebê, se conecte com ela… ajuda profissional é ótima, mas, ninguém sabe mais sobre o seu bebê e sobre o que é o melhor pra ela do que você!” UFA! Quando eu entendi isto, um mundo novo se abriu… dia após dia, a nossa sintonia crescia na mesma medida da minha confiança!
Por isto, entre o certo e o errado, fique com o que traz paz ao seu coração! Só não espere que o seu filhote se comporte diferente do que ele é: um bebê!