Muitos de vocês podem se perguntar qual é a relação existente entre as minhas duas atuações: psicologia de imagem e psicologia perinatal?!?! Pois bem, pretendo deixar isto mais claro com este post.
A gravidez é, especificamente, um período de inúmeras transformações, entre elas, as corporais. Elas acontecem tanto internamente (o novo acomodar dos órgãos, mudança na circulação sanguínea, aumento da temperatura corporal) como de forma mais visível (aumento dos seios, alargamento dos quadris, mudanças nos cabelos, entre outras).
Tais mudanças estão diretamente relacionadas a dois pontos muito presentes nas minhas duas frentes de atuação: autoimagem e sensação de perda de controle. Afinal, é impossível controlar a ação dos hormônios assim como a nova silhueta que dia a dia vai se revelando. Qualquer intervenção neste sentido, pode ser extremamente perigosa para a dupla: Mãe e bebê.
De acordo com estudos, o primeiro trimestre tende a ser o mais desafiador neste sentido, uma vez que as mudanças começam a acontecer, mas, não o suficiente para caracterizar a gravidez… assim, as mulheres tendem a se sentirem “gordas” e não grávidas diante dos olhares alheios e do reflexo no espelho.
É de suma importância que a equipe perinatal saiba informar a gestante a respeito do ganho de peso e das mudanças corporais, sendo continente para as suas angústias e não fiscal da balança.
É verdade que ganhar peso em excesso na gestação está associado a complicações tanto para a Mãe quanto para o bebê, mas, o inverso é tão preocupante quanto.
Na enquete da semana, 44% das mulheres responderam que sentiam angústia antes das pesagens padrão das consultas pré-natais. Dos 56% que afirmaram não terem tido este incômodo, 20% afirmou que mesmo não sendo uma questão para elas, era para o obstetra que as deixavam constrangidas com a forma como as cobranças e comentários em relação ao peso eram feitos.
Ou seja, fica clara a necessidade de maior “tato” dos profissionais para lidarem com esta questão, explorando o histórico da relação desta mulher com o próprio corpo, acessando possíveis fatores de risco para o desenvolvimento de transtornos alimentares na gestação e garantindo o encaminhamento para profissionais especializados quando necessário. Quer saber mais sobre a ligação destas duas áreas?
Acompanhe os próximos posts!
Mais uma vez, muito obrigada a todas as mulheres que respondem as enquetes e me presenteiam com relatos tão potentes no direct! Vocês são incríveis!!!!