O mais indefeso dos mamíferos!

No último Sábado, tive o prazer de assistir uma live com o @omeupediatra… conheci o seu trabalho através da minha amiga de formação e agora também de especialização, Samantha Von Zuben Lemos Mantovani🙏❤️

Na live ele falou sobre a diferença entre o comportamento de alguns mamíferos e a relação com o leite produzido. Tomo a liberdade de compartilhar a imagem dele e slide (foto 01) para dividir tamanha sabedoria com vocês. 💡

Os roedores são conhecidos como os que “se poupam”, a Mae precisa se ausentar durante muito tempo para buscar comida, por isto, o seu leite é super gorduroso para mantê-los alimentados durante a sua ausência. Os cachorrinhos fazem parte dos que “se aninham”… estão sempre próximos da Mae, e com a necessidade nutricional constantemente satisfeita. Assim, também são os veadinhos, conhecidos como “os que seguem”, ou seja, desde muito cedo eles são capazes de seguir a Mae por onde ela vai, e por este motivo, o alimento está sempre ao alcance.

Já os cangurus fazem parte dos que “carregam”… ou seja, o alimento está constantemente disponível porque a Mae leva o filhote aonde quer que ela vá… parece familiar?!?! Sim, nós seres humanos nos assemelhamos muito aos cangurus neste quesito. Mas, exatamente como o Dr. Reginaldo Freire pontuou na live, por algum motivo, muitas vezes esperamos que os bebês humanos se comportem como os roedores apesar de sermos os mais dependentes dos mamíferos ao nascer. 🤷‍♀️

Isto tudo me lembrou os “dois modelos” completamente opostos que me deparei nos primeiros meses da Georgia: o da consultora de amamentação X o da enfermeira. 👇

Quando fui receber a consultora de amamentação, ela me perguntou: “cadê a bebê?”, eu respondi: “está no berço”, com um olhar de reprovação ela questionou: “na jaula humana?”, entrou no quarto da Georgia e a tirou de lá imediatamente. Eu, que vivia com a Georgia literalmente PLUGADA em mim 24hs por dia (como na foto 02), fiquei sem reação… em poucos minutos, pude perceber a forma como ela entendia a Maternidade, que era em grande parte muito parecida comigo, mas, assim como foi emocionante escutar dela que não havia nada mais importante do que o que eu estava fazendo: “criando um ser humano”, também foi difícil esquecer o choque e a culpa que eu senti quando ela se espantou tanto por eu ter colocado a Georgia no berço para recebe-la…

Por outro lado, quando uma enfermeira especializada em cuidados com bebê me disse que a Georgia (com menos de 02 meses) tinha que seguir uma rotina de amamentação de 04 em 04hs (eu fazia livre demanda dia e noite), que deveria fazer as sonecas “em charutinho” fora do colo (na foto 03 ela tinha acabado de demonstrar o que eu deveria fazer com a minha Buddhinha 🥰) e que eu nao deveria fazer cama compartilhada… meu instinto materno gritou, agradeci com cara de paisagem, lembrei dela em momentos terríveis de privação de sono e em umas das 17 mamadas diárias que a Georgia fazia (sim! 17, nao digitei errado! assunto p outro post! 😉), mas, segui o que o meu coracão dizia…

Entre estes dois opostos, o melhor conselho eu recebi de uma pessoa muito especial: “olhe para a sua bebê, se conecte com ela… ajuda profissional é ótima, mas, ninguém sabe mais sobre o seu bebê e sobre o que é o melhor pra ela do que você!” UFA! Quando eu entendi isto, um mundo novo se abriu… dia após dia, a nossa sintonia crescia na mesma medida da minha confiança! 🙌🏻💞

Por isto, entre o certo e o errado, fique com o que traz paz ao seu coração! Só não espere que o seu filhote se comporte diferente do que ele é: um bebê! 😉🤱🏼

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