Alimentação e Infância!!!!

. “Tem que raspar o prato!” 

. “Tanta gente passando fome e você deixando tudo aí…”

. “Ou come tudo ou não ganha sobremesa.” 

. “Como você é guloso!”

. “Tá ficando gordinho!”

. “Se você se comportar, vamos tomar sorvete.” 

Quais frases você se lembra de ter ouvido? Quais você está repetindo? 🤔

Não é determinante, mas, também não é incomum que adultos com relações transtornadas com os alimentos tenham tido questões importantes nesta área na infância. Pode ter sido uma introdução alimentar não respeitosa (cuidadores que determinavam a quantidade independente dos sinais de saciedade do bebê/criança), crenças negativas em relação a determinados alimentos (legumes e frutas como alimentos bons e saudáveis, chocolate e pães como alimentos ruins e “gordices”), refeições feitas no sofá em frente a tv ou no quarto jogando videogame como costume e não exceção (é super positivo e preventivo comer com a familia reunida a mesa), entre outros. 🍽

Em tempos de terrorismo não só nutricional, mas, também parental, não estou aqui para apontar culpados… também sou Mãe, e, após desenvolver colestáse na minha gestação, tive a minha filha em um parto prematuro e a alimentação e o ganho de peso dela me consumiram por muito tempo… mesmo sendo profissional da área, cometi erros na melhor das intenções, e o intuito deste post é pensarmos juntos a respeito desta temática tão complexa! 🤝❤️

A relação com a comida é aprendida, não só pelo que eu escuto, mas pelo que eu vejo… a criança vive o momento presente e está atenta a tudo ao seu redor. A forma como você lida com a alimentação e com o seu corpo ensina o tempo todo sem que uma palavra precise ser dita. O alimento não só nutre o nosso corpo, ele também é fonte de prazer e está presente na maior parte dos momentos de socialização. 

Com tantos “certos e errados” rondando a cabeça dos pais, vale lembrar que muito mais importante do que o acesso ou não ao doce antes dos dois anos de idade, é a interpretação que é dada a este doce. 🍫

Até mesmo o comer emocional visto como vilão, não passa de um mocinho quando não é disfuncional. Assim, como a amamentação cumpre diversos papéis além de saciar a fome, não há problema em escolhermos alimentos como “conforto”. Há problema em não saber identificar e/ou nomear sentimentos, em não ter espaço para manifestá-los e resolvê-los, encontrando na comida a única solução para lidar com eles. A questão não é o que se come, mas, a forma como se come e o que não se comunica. 😔

As crianças, exatamente por viverem no presente, estão muito conectadas com o seu corpo, sabem discernir fome e saciedade muito melhor do que nós adultos que com tantas regras e imposições fomos perdendo isto. Cabe a nós proporcionar o acesso, cabe a eles determinar a quantidade. Sei o quanto isto pode parecer ameaçador, e estou aqui caso você precise de ajuda! ❤️

As palavras de ordem são desconstruir e ressignificar… ter um filho é uma excelente oportunidade para fazer isto acontecer! 🌟

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