Sobre gerações, diálogo e Maternidade

O que é a Familia senão uma narrativa… uma história que a convivência presentifica, mas, que continua existindo e acontecendo também na ausência, como nos casos de imigração, morte ou falta de contato?!?! 🤔

Minha filha tem mania de fazer um bico muito característico do meu avô materno, e eu sempre brinquei com ela a respeito mostrando fotos dele. Hoje, ela já fala “bico do biso Dinho”… como não dizer que ele está vivo em nós através do que contamos a seu respeito? ❤️ Assim como quando ensino de 01 a 10 para ela, usando a idade dos primos como representante de cada número, e os faço presentes no nosso dia a dia, estreitando a distância entre 🇧🇷 e 🇺🇸. 

Já pensaram nisto sobre a vertente da Maternidade? Que histórias crescemos escutando na nossa família a respeito deste tema? Que conceitos você confirma e que certezas você confronta no seu dia a dia?! 🤷‍♀️

Sempre tive uma relação de muita proximidade e amizade com a minha Mãe, e, no meu puerpério tivemos muito mais conflitos do que ao longo de uma vida inteira… 
Ah, se eu tivesse estudado a respeito antes… saberia que a imposição que vem junto com a cultura familiar não resiste a um bom diálogo, a uma escuta ativa e a um interesse genuíno pelo ponto de vista do outro. Frases como “este é o certo agora” teriam dado lugar para questionamentos como “como você se sentia na sua época quando era assim?” e/ou para posicionamentos brandos como “eu entendo que não era assim, mas, a recomendação atual é esta e eu quero segui-la com você ao meu lado”. 🤜🤛

É importante que exista espaço para que as diferentes gerações possam juntas desconstruir verdades absolutas e encontrar novas possibilidades. Quando entramos em um diálogo com a sensação que sabemos tudo sobre o outro, com aquele mau hábito de interromper antes que o outro finalize o próprio pensamento, corremos o risco de nos limitar a constantes monólogos. 😬

No maternar/paternar dos nossos pais existe muito do melhor que os pais deles fizeram com as condições e informações que tinham, e muito das faltas que eles como filhos sentiram… não há como separar uma coisa da outra… assim como na leitura dos nossos pais de como os netos são criados existe muito do que eles foram ou deixaram de ser como nossos pais… tudo se entrelaça, é inevitável. 💫

Portanto, sejamos mais processo como a fala, e menos produto acabado como a escrita que chega “pronta” ao seu interlocutor. Não há nada mais bonito e com maior poder de cura do que honrar os nossos antepassados e aprender com as suas escolhas, seja para repeti-las ou para tentar de outra maneira! Pensem nisto! 🌟
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