Em casa, o que mais nos apavorava era a hora de alimentá-la, ela ainda engasgava muito e era um momento de muita tensão, especialmente, após o episódio do hospital. Então, contratamos uma empresa de enfermagem e a cada 03h recebíamos a visita de uma enfermeira diferente exclusivamente pra dar a mamadeira pra Geo e ir embora.
Como era difícil entregar o meu pacotinho, mesmo que só por minutos… o meu instinto maternal gritava… hoje rimos mto qdo a minha mãe conta isto pra alguém pq eu ficava em cima da pessoa como uma leoa e logo que podia ou qdo achava que não estavam segurando ela direito, pegava ela de volta (foto 01)! As enfermeiras não entendiam nada rs… 🙈
Eu seguia tirando leite a cada duas ou três horas, o que resultou em hiperlactaçao que piorava os engasgos, uma vez que a ejeção do meu leite era muito intensa! É tão comum ouvir relatos de sofrimento de Mães que “possuem pouco leite”, que nunca imaginei que teria tantas complicações exatamente pelo oposto!
Procurei na internet recomendações de consultora de amamentação até chegar em uma que era muito diferente dos relatos que eu ouvia de amigas no Brasil (aqui elas não colocam a mão na massa, ou melhor, no peito literalmente rs), mas, que me confortava tanto com a sua presença que com ela eu conseguia amamentar, e adivinhem?! A Georgia NUNCA engasgou nestas tentativas! 🙈 Eu parecia “a louca” relatando os engasgos! rs! 🤪
Ao ver o meu peito, ela me perguntou se eu sentia coceira após amamentá-la, eu disse que sim e que achava que aquilo era normal… ela disse que não era e que eu estava com candidíase mamária… foi a primeira de outras duas muito mais incômodas… que não só coçavam como me faziam sentir pontadas muito doloridas nos seios.
Analisando a pega da Georgia, ela me perguntou se eu sentia dor amamentando, eu disse que não… ela me falou que ela tinha freio no lábio superior e na lingua. Eu não dei bola, não aguentava mais escutar que algo tinha saído fora do “normal”… queria paz no meu maternar… e, mais tarde, lidei com as consequências disto: inúmeros ductos entupidos porque o meu peito não esvaziava por completo, mamadas muito frequentes e 4 inícios de mastite. Irei contar em detalhes nos outros posts.
Quando tivemos a primeira visita do pediatra em casa, a Georgia havia recuperado (após duas semanas de UTI e os primeiros dias em casa) o peso do nascimento + 80 gramas. Isto me parecia positivo, mas, o pediatra sugeriu complemento com fórmula ou meu leite “engrossado com cereal”. Ele queria que ela ganhasse, no mínimo, 30g por dia e me pedia para mantermos a mamadeira pra ter certeza do quanto ela se alimentava, minando qualquer pedacinho de coragem em mim de migrar para o peito.
Conversei com a consultora de amamentação e ela me assegurou que não precisávamos de fórmula ou cereal algum, confiei nela e segui exclusivamente com o meu leite. Dois dias depois, ela tentou (em vão 😬) me convencer da transição para o peito, ja que tínhamos alerta de furacão nos próximos dias e poderíamos ficar sem luz, complicando o uso da bomba e armazenamento do leite! Sim, um furacão (o Irma) também resolveu fazer parte da historia! 😳
A Georgia tinha 03 semanas, sendo que duas ela havia passado na UTI, estávamos apenas há UMA semana em casa quando tivemos que tomar uma decisão difícil, mas, a única possivel. Com três cachorros (foto 02), uma bebe recém-nascida (foto 03), eu, meu marido e a minha mãe precisávamos fugir do furacão que se aproximava. Iriamos em dois carros?! Seria mais gasolina (que já estava começando a faltar nos postos) e mais preocupação por não estarmos todos juntos… assim, meu marido teve a “brilhante” idéia de alugarmos um motorhome. Da janela do quarto da Geo, eu olhava o nosso quintal e ainda não acreditava no que via rs (foto 04)…
No dia seguinte ao seu primeiro banho de sol (foto 05), saímos sem destino certo e CHEIOS de bagagem, entre elas, todo o aparato da bomba de leite e esterilizador de mamadeira! A Pequena que quase nada sabia da vida e que ainda tinha o branquinho dos olhos amarelado, parecia pedir proteção com as mãozinhas (foto 06)! 🙏🥰
Amanhã continuo relatando esta aventura, hj imperdível, na época: desesperadora rs! 🙈🙈🙈🙈 #SMAM2020